domingo, 13 de junho de 2010

Palavras Trovão

Em suma, a vida é simples: estamos de pé ante Deus desde o nascimento até à morte: tudo se resume a esta tomada de consciência e a tirar daí as consequências. A consciência do Sumo Bem é o maior dos consolos, ela deveria manter-nos sempre em equilíbrio. Dela resulta, em primeiro lugar, a qualidade de resignação, a aceitação constante da vontade de Deus; esta virtude é difícil na medida em que queremos forçar o mundo a ser uma coisa distinta do que é, como por exemplo ser lógico. O complemento da resignação é a confiança; Deus é bom, e tudo está nas suas mãos. Nela está também a gratidão, pois todo o homem tem motivos para estar agradecido; há que recordar os bens que desfrutamos, e não o esquecermos porque nos falta qualquer coisa. Finalmente, há que fazer algo na vida, pois o homem é um ser activo; e a melhor das acções é aquela que tem Deus como objecto, e esta acção é a oração.


- extracto de uma carta escrita por Frithjof Schuon ao seu irmão, publicada em “Dossiers H – Frithjof Schuon” num texto de homenagem escrito por Jean-Louis Michon (Témoignage d’un disciple). Texto reproduzido na revista Sophia Perennis – Cuadernos de estudios tradicionales (José J. Olañeta, Editor) no número dedicado a Frithjof Schuon (1-4).

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