sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Frithjof Schuon

Frithjof Schuon, nasceu em 1907 em Basle, na Suiça, filho de pais alemães. Sendo seu pai músico, cresceu num ambiente onde, para além da constante presença da música, prevalecia a arte e literatura, quer do Oriente quer do Ocidente. Vivei em Basle, frequentando a escola da cidade, até à morte do pai em 1920, após a qual se deslocou com a sua mãe para Mulhouse, onde foi forçado a adquirir nacionalidade francesa. Tendo recebido a sua edução inicial em Alemão, era agora exposto ao sistema de educação francês, tendo adquirido conhecimento das duas línguas ainda muito jovem. Com a idade de 16 anos abandonou a escola, dedicando-se ao desenho de tecidos, iniciando-se assim no caminho da arte, a qual era uma sua paixão desde criança, nunca tendo, no entanto, tido qualquer instrução formal.

Ainda em criança, Schuon havia sido atraído pelo Oriente pelas belas canções do Bhagavad-Gita, o qual era um dos seus livros favoritos, assim como as “Mil e uma noites”. Tinha uma propensão natural para a metafísica, tendo-se dedicado à leitura de Platão ainda muito jovem. Ainda em Mulhouse, teve conhecimento das obras de Guénon, as quais serviram como confirmação das suas intuições intelectuais e que lhe vieram a providenciaram o suporte para os princípios metafísicos que tinha começado a descobrir.

Schuon viajou para Paris depois de cumprir serviço militar durante um ano e meio com o exército Francês. Em Paris, para além de continuar o seu antigo trabalho, iniciou o estudo da língua árabe. Em 1932 visitou pela primeira vez a Algéria, marcando a sua primeira experiência com uma civilização tradicional e o seu primeiro contacto com o mundo Islâmico, resultando na obtenção de um conhecimento em primeira mão sobre a tradição Islâmica, incluindo o Sufismo, conhecendo alguns dos seus maiores representantes, tal como o Shaykh al-‘Alawi. Na sua segunda viagem ao Norte de África em 1935, visitou não só a Algéria mas também Marrocos, tendo em 1938 viajado até ao Cairo, onde finalmente se encontrou com René Guénon, com quem se vinha a corresponder há já vários anos.

Em 1939 voltou a parar no Egipto enquanto viajava para a Índia, uma terra que sempre amou e cuja espiritualidade o atraía desde a juventude. Pouco depois da sua chegada à Índia deu-se o início da Segunda Grande Guerra, sendo forçado a regressar a França e a ingressar no exército. Pouco tempo depois foi capturado e preso pelos Alemães. Quando soube que estes planeavam colocá-lo no seu exército devido ao seu passado, fugiu para a Suiça onde acabou por se fixar.

Durante cerca de 40 anos a Suiça foi o seu lar, tendo casado em 1949. Foi aqui que escreveu grande parte das suas obras, tendo sido visitado por diversas personalidades ligadas à religião e pensadores ligados ao Oriente e ao Ocidente.

Em 1959 e 1963, Schuon viajou para os Estados Unidos para visitar as tribos dos Índios Americanos, pelos quais tinha uma profunda admiração e afinidade. Ele e a sua esposa visitaram as reservas Sioux e Crow no Dakota do Sul e Montana, tendo sido aceites pela tribo Sioux.


Bibliografia:
The Transcendent Unity of Religions, 1953
Spiritual Perspectives and Human Facts, 1954
Gnosis: Divine Wisdom, 1959
Language of the Self, 1959;
Stations of Wisdom, 1961
Understanding Islam, 1963
Light on the Ancient Worlds, 1966
In the Tracks of Buddhism, 1968, New Translation, Treasures of Buddhism, 1993
Logic and Transcendence, 1975
Esoterism as Principle and as Way, 1981
Castes and Races, 1959
Sufism: Veil and Quintessence, 1981
From the Divine to the Human, 1982
Christianity/Islam, 1985
Survey of Metaphysics and Esoterism, 1986
In the Face of the Absolute, 1989
The Feathered Sun: Plain Indians in Art & Philosophy, 1990
To Have a Center, 1990
Roots of the Human Condition, 1991
Images of Primordial & Mystic Beauty: Paintings by Frithjof Schuon, 1992
Echoes of Perennial Wisdom, 1992
The Play of Masks, 1992
Road to the Heart, 1995
The Transfiguration of Man, 1995
The Eye of the Heart, 1997

Biografias:

Frithjof Schuon: Life and Teachings - Jean-Baptiste Aymard, Patrick Laude


Mais informação:

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